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Paulo Pinheiro  
Paulo Pinheiro nasceu no Rio de Janeiro em 1962. Mestre em Filosofia pela PUC-RJ, defendeu sua tese de doutorado em História da Filosofia Antiga na Université de Paris I, em 1995, sob a orientação de Jacques Brunschwig. Desde 1997 é professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), onde atua como professor de Estética Clássica e de História da Filosofia Antiga, nos Departamentos de Filosofia, Teoria do Teatro e Educação Musical. Como tradutor, verteu para o português os "documentos sofísticos" (textos de Górgias, Antifonte, Platão, Élio Aristides, Aristóteles, Filóstrato e Luciano), reproduzidos no livro O efeito sofístico, de Barbara Cassin (Editora 34, 2005).

Fábula: do verbo latino fari, “falar”, como a sugerir que a fabulação é extensão natural da fala e, assim, tão elementar, diversa e escapadiça quanto esta; donde também falatório, rumor, diz que diz, mas também enredo, trama completa do que se tem para contar (acta est fabula, diziam mais uma vez os latinos, para pôr fim a uma encenação teatral); “narração inventada e composta de sucessos que nem são verdadeiros, nem verossímeis, mas com curiosa novidade admiráveis”, define o padre Bluteau em seu Vocabulário português e latino; história para a infância, fora da medida da verdade, mas também história de deuses, heróis, gigantes, grei desmedida por definição; história sobre animais, para boi dormir, mas mesmo então todo cuidado é pouco, pois há sempre um lobo escondido (lupus in fabula) e, na verdade, “é de ti que trata a fábula”, como adverte Horácio; patranha, prodígio, patrimônio; conto de intenção moral, mentira deslavada ou quem sabe apenas “mentirada gentil do que me falta”, suspira Mário de Andrade em “Louvação da tarde”; início, como quer Valéry ao dizer, em diapasão bíblico, que “no início era a fábula”; ou destino, como quer Cortázar ao insinuar, no Jogo da amarelinha, que “tudo é escritura, quer dizer, fábula”; fábula dos poetas, das crianças, dos antigos, mas também dos filósofos, como sabe o Descartes do Discurso do método (“uma fábula”) ou o Descar­tes do retrato que lhe pinta J. b. Weenix em 1647, segurando um calhamaço onde se entrelê um espantoso Mundus est fabula; ficção, não ficção e assim infinitamente; prosa, poesia, pensamento.

Projeto editorial de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

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Poética

Aristóteles

Tradução de Paulo Pinheiro
Edição bilíngue
 
O primeiro e mais importante tratado sobre as formas literárias da tradição ocidental, a Poética de Aristóteles (384-322 a.C.) não tem deixado de ser lida e interpretada ao longo de seus 23 séculos de existência. A presente tradução de Paulo Pinheiro, professor de Estética e Filosofia, rigorosamente amparada em notas e atenta às pesquisas mais recentes, faz reviver o texto original de maneira clara e profunda, numa edição bilíngue voltada tanto para estudantes como para leitores já iniciados na matéria.
R$ 72,00
 
O efeito sofístico

Barbara Cassin

 
Em O efeito sofístico, a intelectual francesa Barbara Cassin procede a uma verdadeira reabilitação da sofística. Partindo de Górgias e passando por Antifonte, Platão, Élio Aristides, Aristóteles, Filóstrato e Luciano, a autora propõe, com base em análises rigorosas de textos filosóficos, retóricos e literários, o que se poderia denominar uma "história sofística da filosofia".
indisponível
R$ 103,00

 
     
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